Olá pessoal,
Infelizmente iniciamos o ano com
péssimas notícias. Uma moradora do bairro Ahú, chamada Larissa, nos procurou
totalmente indignada e triste para contar sobre o assassinato autorizado de uma
Araucária de 20 anos (isso mesmo, 20 anos!) situada na residência de seu novo
vizinho. De acordo com Larissa, no dia 27 de dezembro de 2016 ela ouviu um
barulho de motosserra e no mesmo momento foi verificar o que estava
acontecendo. A princípio imaginou de tratar de uma poda, porém o pior estava
acontecendo: a árvore, situada na Rua Paulo Recke, 325, esteva sendo morta
cruelmente.
De acordo com Larissa, assim que
percebeu que a Araucária estava sendo cortada, ligou imediatamente para a
Prefeitura, além da Secretaria do Meio Ambiente, Instituto Ambiental e até
mesmo IBAMA, porém como nessa época do ano os órgãos municipais e estaduais
encontram-se em recesso (como se não houvesse trabalho no período!), a moradora
conseguiu contato somente com um escrivão da Prefeitura e da Delegacia do Meio
Ambiente, mas mesmo assim não havia viatura disponível e foi solicitado a ela
que entrasse em contato no dia 02 de janeiro. Como assim? Depois que o pior já
tivesse acontecido, como de fato aconteceu?
Vendo que dessa maneira não
conseguiria resolver a situação, Larissa resolveu tirar algumas fotos, e quando
o funcionário da empresa responsável pelo corte percebeu, ela avisou que havia
realizado a denúncia. Vejam o caminhão cheio de galhos e folhas da Araucária:
Além desta imagem, a moradora
também nos enviou essas de quando a árvore quando ainda estava viva e depois da
crueldade realizada.
Aqui, a árvore estava sadia, linda e exuberante:
Já nessa foto vê-se a crueldade
já realizada. Só restava o tronco, já sem possibilidade de vida e que também,
por fim, foi cortado:
Voltando ao ocorrido, depois que
Larissa avisou o funcionário de que havia feito a denúncia, o dono da residência,
o qual solicitou o corte, foi até a casa dela (que ficou sabendo que, por não saber
exatamente quem era, bateu de portão em portão até descobrir o denunciante) e,
bastante nervoso, começou a dizer que a moradora não sabia com quem estava
falando, que estava gravando a conversa e que havia autorização para o corte.
Questionado sobre os motivos para
tamanha crueldade, o vizinho alegou que se tratava de uma árvore velha, com
cupim e que estava podre. E que, além disso, havia o laudo de três técnicos da
prefeitura. Porém, de acordo com Larissa, a qual é bióloga, a árvore, a que ela
viu crescer, tinha 20 anos e estava totalmente sadia , ou seja, não havia
motivos para sua morte. Outro fato bem importante e que Larissa nos relatou é
de que o tronco da árvore foi aproveitado pelo vizinho e até mesmo pela sogra
dele. Uma árvore com cupim e “podre”, como ele disse, seria “aproveitada” para
uso próprio? Obviamente que não! Se ela estivesse realmente doente não haveria condições
de uso.
O desfecho da conversa foram
ofensas à moradora e até a sua mãe, uma senhora de idade, feitas pela esposa do
vizinho, a qual se identificou para Larissa como procuradora da Prefeitura de
Curitiba. Assim que soube disso, não foi difícil imaginar de que forma o casal
teria conseguido a autorização para o corte, não é mesmo? E é justamente essa a
desconfiança de Larissa, a de que o cargo de sua vizinha a ajudou a conseguir o
laudo dos três técnicos para uma árvore sadia de 20 anos, a qual a moradora viu
crescer.
Mais uma vez (e quantas mais?)
nos deparamos com um total descaso com a as árvores e o meio ambiente. Se
estiver atrapalhando é só matar, acabar com o “problema”. E, nesse caso, uma linda
Araucária. Símbolo da cidade. E, além do mais, segundo Larissa, a qual é
bióloga, como já citado, em setembro de 2016 o Instituto Ambiental do Paraná –
IAP anunciou nos meios de comunicação que nenhuma Araucária poderia ser cortada
no Paraná até janeiro de 2017, mesmo com autorização. Confira link de matéria do jornal Gazeta do Povo sobre o assunto: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/corte-de-araucaria-esta-proibido-ate-2017-8cme050kdth3uvb9p1lbs4fq8
Mas, como sabemos e tantas vezes
foi relatado aqui, a Prefeitura de Curitiba não se importa muito em conceder
autorizações para o corte de árvores, aliás nos parece que quanto menos galhos
e folhas para “incomodar”, melhor para eles! Porém eles esquecem que fazem parte
de um coletivo, e que as árvores são essenciais para a vida, ao contrário do
concreto. Esperamos que com a troca de prefeito se troque também a mentalidade dos funcionários viciados em corte. Pois a situação até o momento é realmente lamentável e entristecedora!
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