Olá pessoal,
O governador Beto Richa, reeleito
no Paraná, concedeu uma entrevista antes das eleições ao jornal Gazeta do Povo,
a respeito de suas propostas em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento
sustentável no Estado. Entre estas propostas estão a recomposição da cobertura
florestal no Paraná, que está em quarto lugar em desmatamento entre os
dezessete estados com Mata Atlântica. Quarto lugar? Um estado que tem como a capital
Curitiba, conhecida como “capital ecológica”?
Outro dado interessante da
entrevista é que a reportagem cita que o Paraná ainda não tem ZEE – Zoneamento Ecológico
Econômico que, segundo o dicionário ambiental “oeco”, “tem como objetivo
viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do
desenvolvimento socioeconômico com a conservação ambiental”. Ou seja, talvez
seja por isso que tantas árvores são derrubadas por motivos banais em nossa
cidade e em nosso estado. Não há organização a este respeito ainda! Mas, de acordo
com o governador reeleito, o litoral já possui o ZEE e já estão iniciando
audiências públicas em outras regiões do Paraná para dar início ao documento.
Será que as propostas serão
realmente cumpridas? Vamos acompanhar!
Para quem não leu a entrevista do jornal Gazeta do Povo, segue abaixo:
Perguntas:
1) Segundo dados do Inpe e SOS
Mata Atlântica, dos 17 estados com Mata Atlântica, o Paraná atualmente é o
quarto em desmatamento. Considerando a necessidade de se proteger os
remanescentes e recuperar áreas, o candidato tem propostas para a cobertura
florestal do estado?
2) Qual o posicionamento do
candidato sobre a abertura da Estrada do Colono, no Parque Nacional do Iguaçu?
3) Considerando que já venceu o
prazo para os municípios substituírem lixões por aterros, mas que muitos ainda
não conseguiram implantar a medida, o candidato propõe alguma forma de
apoio/incentivo para auxiliar no cumprimento da lei da PNRS?
4) Depois de muitos anos de
discussões, o Paraná ainda não têm o ZEE. Como tirá-lo efetivamente do papel?
Respostas:
1) O programa Bioclima, do
governo do Paraná, conta com ações de recomposição da cobertura florestal,
mitigação das mudanças climáticas e compensação financeira dos agricultores que
preservam florestas e nascentes.
Outra importante estratégia é a
realização do 1º inventário florestal do Paraná. O documento é um levantamento
detalhado sobre a qualidade e quantidade das florestas. Estão sendo analisados
550 pontos e os números apontarão a quantidade de espécies nativas, novas
espécies e possíveis espécies ameaçadas de extinção. O Paraná entra agora na
segunda das três fases. O documento será concluído no final de 2015.
2) A questão da Estrada do Colono
não pode ficar circunscrita ao Paraná e nenhum governador vai determinar a
abertura ou não da estrada. Este é um assunto de interesse do País, discutido
no Congresso Nacional, pois o caminho fica dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
Temos ouvido ponderações contrárias e favoráveis a abertura da estrada. Cada
lado apresenta argumentos sólidos na defesa de seus interesses e pontos de
vista. O fato é que a estrada está fechada por decisão da Justiça Federal, a
pedido do Ibama. No mês passado, a Justiça Federal iniciou uma nova perícia no
trecho entre Capanema e Serranópolis do Iguaçu. O trabalho deve ficar pronto
até o final deste ano e certamente vai trazer novos subsídios para que possamos
debater o tema a partir de um relatório técnico.
3) Nosso governo está auxiliando
os municípios para o cumprimento da Lei 12.305/10 - que trata da política
Nacional de Resíduos Sólidos. A principal alternativa das 214 cidades que ainda
tem lixões é a formação de consórcios intermunicipais para o gerenciamento do
lixo. Estamos liberando U$ 130 milhões, via Agencia Francesa de Desenvolvimento
e Fomento Paraná, para construção de aterros, compra de equipamentos,
construção de planos regionais de resíduos, recuperação de áreas degradadas por
lixão e incentivo à coleta seletiva. Até agora está prevista a formação de 15
consórcios e foram entregues 89 projetos pelos municípios à Secretaria do Meio
Ambiente. Isso já representa a solução do problema em mais da metade das
cidades onde ainda existem lixões.
4) O Paraná concluiu este ano o
ZEE Litoral. A região foi definida como prioritária devido às pressões pelo
desenvolvimento e pelo fato de que o Litoral é uma das regiões mais frágeis por
ficar praticamente toda dentro de Área de Preservação. Em contrapartida, já
está promovendo audiências públicas em outras regiões do Estado para dar início
ao ZEE.
Outras propostas:
REDA – Rede Estadual de Direitos dos Animais
Defesa e proteção dos animais,
garantindo direito à vida, liberdade e trato digno desses animais. A estrutura
terá a participação do Conselho Estadual de Direitos Animais, composto por
instituições governamentais e não governamentais; e pelo Fórum de Direitos
Animais do Paraná, constituído por representantes do terceiro setor.
Cicloparaná
Implementar a Política de
Mobilidade Urbana Sustentável e implantar a cultura da bicicleta no Estado do
Paraná: mobilidade urbana por meio de projetos pró-bicicleta; cidadania, saúde
e educação no trânsito; Turismo Sustentável no Estado.
Projeto de Fortalecimento da Gestão de Risco e Desastre (FGRD)
Projeto de Modernização do Licenciamento Ambiental
Sete Estações Automáticas de
Monitoramento; Equipamentos para Sistema de Informações; Recomposição frota
veículos; Medidor de vazão acústico M9;
Registro Público de Emissões de GEE
Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa.